O que é Relações Públicas?
O que faz um RP?
Quanto ganha?
Onde vivem e do que se alimentam esses profissionais?
Eu decidi falar sobre isso porque muita gente não entende o que é RP, o que Relações Públicas faz e se dá para ganhar dinheiro com essa área mesmo não sendo RP. E tem muito RP com dificuldade de contar pro mundo de forma sucinta o que faz. Vamos resolver esse problema?
Começando de uma maneira bem simples:
Tu vai ouvir também Word of mouth, engajamento, amplificação. A regra é simples: precisa que a comunicação influencie positivamente as pessoas ou construa reputação? Então estamos falando de RP.
Já PR ou Public Relations é simplesmente a tradução de RP. Inverte as letrinhas de RP para PR e já tá falando RP em inglês. Eu já trabalhei profissionalmente com RP em vários países e digo que RP é o que a gente faz da área. Mais importante do que a tradução textual da palavra é a compreensão da cultura dos outros países para atuarmos de acordo.
No dia a dia, RP faz estudo de públicos, planejamento de comunicação, comunicação interna, eventos, conteúdos otimizados para ter a melhor reputação diante do Google, tanto no on, quanto no off, relacionamento com a mídia e influenciadores, gestão de crises… E por aí vai. A atuação é ampla!
Para entender RP melhor é importante entender também o que outras áreas da comunicação fazem.
Todo mundo entende o que a publicidade faz, né? Comercial, campanhas super criativas que grudam na cabeça da gente…
Jornalismo também: notícias, reportagens, noticiários de TV, rádio…
Até o Marketing é bem tangível: faz pesquisa de mercado, automação, mensuração, campanhas estratégicas, email marketing, landing pages…
Então onde entra o RP? O RP trabalha na gestão de tudo isso, na gestão da comunicação orgânica, para amarrar todas essas pontas e construir o melhor ambiente possível para que as mensagens circulem e que se estabeleça o diálogo.
Tem uma sequencia de frases que eu adoro e que resumem tudo isso:
Para falarmos de nós, é preciso que a gente se exponha e leve respostas ou experiências para o dia a dia das nossas audiências. Ou seja: é preciso dialogar.
E falar de diálogo na era da influência é ainda mais importante e isso reforça o papel do RP. A pesquisa Edelman Trust Barometer de 2016 – Edelman é uma das maiores e mais antigas agências de RP do mundo – trouxe um dado importante: 71% das pessoas confiam no que as pessoas próximas indicam, mais do que em celebridades.
Lá em 2016 a gente não falava tanto de influencers, de creators, de celebridades digitais… Mas a tendência estava aí e só vem aumentando, porque mais do que nunca enquanto consumidores e públicos de interesse a gente tá muito próximo das marcas.
Daqui para a frente vai ser preciso reinventar essa relação com influencers: hoje no mercado já se fala que os consumidores estão sofrendo uma fadiga de influenciadores… As pessoas já estão cansando do formato o que não significa que vai acabar, mas certamente precisa mudar. Vai ser preciso loguinho reinventar mais uma vez a intermediação das marcas e os seus públicos e certamente o RP vai estar lá arquitetando tudo isso!
Por essas e outras RP é uma profissão que vem crescendo tanto e é tão importante no ambiente digital. Hoje em dia nós somos todos Usuários-Mídia, como concluiu no doutorado a minha querida amiga, super RP, Carol Terra.
Por fim, mas não menos importante, o RP também atua numa esfera intangível. Além do que a gente enxerga de RP – eventos, relacionamento com públicos, etc – RP tem um papel fundamental meio invisível que é estabelecer o equilíbrio de benefícios para as organizações e para a sociedade. Legal, né?
RPs são necessários em organizações de todos os tamanhos. Em empresas públicas e instituições, Departamentos de comunicação, marketing, RH e até mesmo financeiro, logística, jurídico.
Muitas vezes tu não vai encontrar um cargo de RP, mas sabe que a função é necessária sempre que houver a necessidade de comunicar e construir reputação.
Eu acredito – e desenvolvo isso junto com os meus clientes – que todos os funcionários são agentes de Relações Públicas, pois RP é transversal nas organizações, não é um departamento, deve ser uma mentalidade compartilhada por todos. Mas, IMPORTANTE: no Brasil essa função deve ser exercida por um profissional registrado, pois a profissão é regulamentada.
Pra não ter problemas, é fundamental mesmo não assinar como RP se tu não for registrado e nem dizer que a sua empresa faz, vende RP se não tiver um profissional registrado trabalhando – isso é considerado exercício ilegal da profissão e tu pode receber uma multa e ter problemas jurídicos bem sérios.
Se tiver dúvidas, procure sempre o CONFERP – Conselho Federal ou os CONRERPs, conselhos regionais de RP.
Mas o registro não impede tu que não é formado e registrado de entender, estudar, se aprofundar e, quando for a hora, ter muito embasamento para escolher o melhor profissional de RP para atuar na sua organização.
A caixa de ferramentas das RP está aberta e disponível para todo mundo entender melhor como usar!
Na era digital, quem fala sobre a sua marca é um porta-voz em potencial, seja ele um colaborador, um cliente, ou um fã.
Por tudo isso, o RP precisa saber entrar nas conversas, mais do que apenas observar ou interferir. Essa variedade de possibilidades de atuação é o maior trunfo do profissional de RP, pois há diversas possibilidades de atuação dentro da área que podem ser exploradas ao longo da vida profissional.
Se você buscar vagas de “relações públicas” no Linkedin vai ver algumas centenas de oportunidades.
Eu fiz uma rápida pesquisa e cheguei a alguns patamares de valores de remuneração mensal do profissional do RP:
Estágios – entre R$1000 e R$1400
Início de carreira (Junior a pleno) – R$ 1500 e R$ 4.000,00
Meio da carreira (pleno a gerente) – R$ 6.000,00 até R$ 10.000,00
Auge da carreira (gerente sênior a cargos de diretoria ou VP) – R$ 12.000,00 e R$ 30.000,00
Empreendedores com mais de 10 anos de mercado – de 0 a R$30.000,00 (e além!)
É claro que esses valores são apenas uma referências e variam de setor de atuação, experiência, tamanho do negócio e oportunidades que você aceita. No início normalmente é mais difícil, mas não desista, procure profissionais mais experientes, peça recomendações, dicas…
Peça uma oportunidade!
O RP amadurece muito com o passar do tempo: quanto mais atua, melhor fica, mais desenvolve o seu senso de antecipação de problemas, de compreensão dos públicos e mais assertivas se tornam as suas táticas.
É comum as pessoas se formarem em outras áreas e fazerem RP como um segundo curso, pois a quantidade de recursos, autores, livros e pesquisas em RP garante uma segunda graduação recheada de conhecimento!
Tudo isso é RP! Gostou?
Se você quer saber mais sobre RP e conhecer a forma como tudo isso funciona nas Relações Públicas do futuro, para melhorar a sua prática diária e ganhar mais dinheiro, deixo aqui a dica do livro que eu escrevi, INBOUNDPR, disponível na Amazon ou impresso, aqui.
Não esquece de me seguir no Instagram, onde publico os bastidores do INBOUNDPR e também dicas rápidas.
Agora, comenta aqui embaixo a tua percepção sobre a profissão de RP e o nosso futuro, declara o teu amor por RP! <3
É incrível te ter por aqui. Te vejo no próximo conteúdo ou em algum lugar físico ou virtual do universo all-line! 😉